QUEEN: A banda reconquista os EUA e lidera vendas em 2019

Após o sucesso de Bohemian Rhapsody, as vendas de músicas do Queen disparou tanto que, nos EUA, a banda britânica teve o maior número de vendas de discos em 2019, mesmo não lançando um novo álbum há quase 25 anos.

De acordo com um relatório da Nielsen Music divulgado nesta quinta, 27, a trilha sonora da cinebiografia lançada no final de 2018 foi o título de rock que mais vendeu desde janeiro deste ano. No segundo lugar da lista fica a coletânea Queen Greatest Hits 1, lançada em 1981.

No total, a banda vendeu 731 mil discos em seis meses. Além disso, 1,3 milhões de faixas isoladas foram vendidas digitalmente.

O fenômeno de aumento de vendas não ocorreu apenas com o Queen. Elton John, por exemplo, viu um aumento de 138% na saída de seus discos após o lançamento de sua cinebiografia Rocketman, no final de maio.

Já fora do âmbito das cinebiografias, músicas em trilhas sonoras de filmes de 2018 também tiveram boa venda em veículos digitais. “Shallow”, de Lady Gaga e Bradley Cooper em Nasce Uma Estrela, foi baixada 648 mil vezes, e “Sunflower”, de Post Malone e Swae Lee em Homem-Aranha: No Aranhaverso, começou a tocar 170% mais vezes nas rádios.

fonte: Rolling Stone!

QUEEN: O dia que o Smile se tornou Queen

Há exatos 49 anos, Freddie Mercury (vocais), Brian May (guitarra), Roger Taylor (bateria) e Mike Grose (baixo) faziam seu primeiro show como QUEEN, no salão municipal da cidade de Truro, na Cornualha, Inglaterra.

O site Cornwall Live elaborou essa matéria, contando em detalhes como esses quatro jovens chegaram a esse dia tão especial. Vale a leitura!

Relembramos o dia 27 de junho de 1970, quando o Smile se tornou Queen.

Por Lee Trewhela

É o equivalente aos Beatles tocando no The Cavern Club pela primeira vez em 1961 ou os Sex Pistols tocando a St. Martin's School of Art na frente de alguns chocados estudantes de moda, em 1975.
A primeira vez que o Queen tocou ao vivo. Imaginem ... Freddie Mercury dando seus primeiros passos como um rodopiante e convencido frontman, o novo som da bateria poderosa de Roger Taylor e os vocais em falsete apoiando Freddie, e Brian May colocando em ação sua guitarra que virou uma marca registrada diante de um público virgem.
Como deve ser se gabar de ter estado na primeira apresentação dos deuses do rock do Queen? Bem, algumas pessoas na Cornualha podem, porque nesta mesma data - 27 de junho - em 1970, a popular e ascendente banda Smile tocou seu primeiro show com um novo line-up e um novo nome, Queen, no Truro City Hall, que mais tarde se tornou o Hall For Cornwall.
O garoto de Truro, Roger Taylor, disse ao Cornwall Live: “Isso foi na verdade arranjado por minha mãe para ajudar a Cruz Vermelha. Nós recebemos £ 50, que era bastante dinheiro naquela época. Eu não tenho certeza se muitas pessoas apareceram.”
A mãe de Roger, Winnie, colocou dois anúncios no jornal The West Briton no período que antecedeu o show, ainda em nome do Smile. No entanto, a banda já havia decidido tocar com o novo nome, Queen – o que causou estranheza na época.
Ela se lembrava de Freddie explicando o novo nome em seu bangalô em Truro: "Ele sempre falava como isso soava majestoso".
Sue Johnstone, uma amiga da banda de Truro, lembrou: “Nós pegamos uma carona de volta para a Cornualha desde o início da M4, e em uma dessas ocasiões Freddie nos acompanhou até o ponto de ônibus e disse 'o que vocês acham do nome Queen?’
"Nós achamos que era hilário porque ele sempre foi tão exagerado e teatral. E nós apenas rimos e pensamos na conotação gay imediatamente, mas ele tentou torná-lo mais aceitável, persuadindo-nos de que era 'régio’".

Do The Reaction ao Queen

A primeira banda semiprofissional de Roger Taylor, The Reaction, tocou várias centenas de shows na Cornualha e Devon entre 1965 e 1968, quando ainda era aluno da Truro School. Durante o verão de 1965, quando Roger tinha apenas 15 anos, a banda dormiu em uma van durante uma pequena turnê em Devon.
Então, depois de ganhar o prestigiado campeonato Rock and Rhythm da Cornualha em 1966, o The Reaction se tornou uma das bandas mais concorridas do circuito musical da Cornualha.
Em 1967, pouco depois de Roger passar no exame de direção, ele estava ao volante da van quando sofreu um acidente que o jogou direto pra fora pelo para-brisa.
Ele saiu relativamente ileso, mas um de seus amigos teve que passar um ano no antigo Hospital Municipal de Truro. The Reaction continuou a se apresentar apesar do revés e, no verão de 1968, Roger, com Rik Evans, da Penrose Marquees, organizou um grande evento em uma marquise na praia de Perranporth.
A banda se separou quando Roger foi morar em Londres no final de 1968, com seu amigo da Truro School, Les Brown. Uma ou duas semanas depois de Roger chegar, Les viu um anúncio de “procura-se baterista” deixado pelo astrofísico Brian May no Imperial College. A banda seguinte de Roger, Smile, formou-se como resultado.
Essa banda apresentava Brian na guitarra e Tim Staffell nos vocais - “Tim foi nosso Sting. Um Sting sem ego”, disse Roger.

A música do Smile podia ser reconhecida como Queen?

Roger disse à Cornwall Live: “Muito mesmo. O som do Queen estava lá. Brian sempre teve aquele som de guitarra muito característico, mesmo naquela época. Nós temos tocado juntos, quase telepaticamente, desde então. Você tem muita sorte de estar em uma banda e ter o tipo de relacionamento musical que Brian e eu temos. Nós fazemos muito barulho juntos!
O Smile vinha para a Cornualha cerca de uma vez por mês durante o ano seguinte e tocou em Penzance, Redruth e St Minver, dentre outros locais. Mas era o PJ's, um clube de propriedade e dirigido pelo músico local Pete Bawden, que visitavam com mais frequência. Havia 14 anúncios no The West Briton para as apresentações do Smile no PJ's, e em muitas das ocasiões em que eles visitaram a Cornualha eles estavam acompanhados por um certo Freddie Bulsara, que era um amigo e admirador da banda, mas não - nessa altura – parte dela.
A banda que mais tarde se tornou Queen ficava no bangalô dos pais de Roger em Park View, onde dormiam no piso de madeira da sala de estar.

O primeiro show do Queen: Truro City Hall, 27 de junho de 1970

Com Fred, ainda conhecido como Bulsara, e o baixista Mike Grose a bordo - um frequentador assíduo de Truro nos shows do Smile no PJ’s, o Queen nasceu.
A nova banda pretendia se concentrar em seu próprio material. Mike se lembra de que ensaiaram faixas do primeiro álbum, assim como Father to Son, do Queen II, e Stone Cold Crazy, do Sheer Heart Attack, desde o primeiro dia.
Em preparação para o primeiro concerto do Queen, Freddie ficou na casa das irmãs Johnstone, no Rosedale de Truro.
Sue disse: “Ele ficou em nosso quarto no sótão, e Freddie ficava de cabeça pra baixo com as pernas cruzadas fazendo yoga contra a parede. Ele tinha cabelos compridos e usava nossos modeladores elétricos para enrolar o cabelo do jeito que ele queria. E meu pai ficou completamente espantado, e inicialmente achou que todos eles eram um pouco esquisitos”.
No entanto, o pai de Sue e Freddie logo se tornaram camaradas quando o futuro Sr. Mercury e seus amigos cavaram o jardim, encheram-no de flores e arrumaram o gramado de sua casa.
O Queen abriu seu set com Stone Cold Crazy, quase um Speed Metal em construção. O resto do set foi uma mistura de músicas originais e covers. Os primeiros shows do Queen incluíram os clássicos do Rock ‘n’ Roll de Elvis e Little Richard.
Brian acrescentou: “Nossa atuação no palco era um show, mais Rock ‘n’ Roll do que o primeiro álbum. Se você subir no palco e as pessoas não conhecerem seu material, você pode acabar se tornando entediante, ao tocar suas próprias coisas o tempo todo”.
Sue Johnstone disse sobre o show de estreia e outros primeiros shows do Queen: “Freddie subia no palco e se exibia como se tivesse feito isso a vida toda. Ele estava bem preparado. Ele não apenas subia e cantava, ele subia e fazia uma performance desde o primeiro dia. Eu amava a voz do Tim, mas ele não era o mesmo que Freddie como um performer."
Roger Taylor recorda o show: “Eu me lembro um pouco. Nós dividimos cinquenta libras entre nós, o que parecia muito. Nós pensávamos que estávamos ricos! Foi a primeira apresentação propriamente dita de Freddie conosco. Minha mãe ficou bastante chocada. E ele realmente não tinha a técnica que desenvolveu mais tarde. Ele soava como uma ovelha muito poderosa! Nós tínhamos tipo duas luzes e o que mais eles tinham lá. Mas havia muito pouco. Era muito básico naquela época.”
Mike Grose acrescentou: “Eu sei que ganhamos 50 libras por isso. Mas não havia o suficiente para nos pagarem (mais) eu acho, pois era uma plateia muito pequena. Foi anunciado como Smile mas então já éramos Queen. Freddie deu muito de si nesse primeiro show. Eu lembro que ele se movia por toda parte, se exibindo, um pouco como Mick Jagger - mas ao estilo Freddie."
Phil Whitfeld estava na plateia: "Eu tinha visto o The Reaction muitas vezes, eram uma ótima banda e também o Smile em vários locais, incluindo o PJ’s, onde eu era assíduo. O Smile definitivamente também tinha 'alguma coisa', mas esse show com Freddie era uma coisa totalmente diferente. Eu não me lembro de estar exatamente cheio, e não tenho certeza se este foi o show quando houve um corte de energia na prefeitura e Roger continuou tocando até que a luz voltou novamente... foi há muito tempo atrás, eu tinha 16 anos."
Foi logo após o show de Truro que Freddie começou a usar o nome Mercury.

O Queen depois do show no Truro City Hall

Roger me disse: “Foi um turbilhão de atividades depois disso. A partir dali nossas vidas foram 98% Queen e 2% coisas normais. Mal tínhamos tempo de ver namoradas e as nossas famílias, então meus retornos à Cornualha foram cada vez menores por alguns anos.
Com John Deacon como seu baixista, o Queen em seu line-up clássico retornou no verão de 1971 e tocou mais de dez shows na Cornualha, em locais como o Driftwood em St Agnes e o Tregye Club em Carnon Downs (duas vezes).
Eles continuaram a voltar à região, fazendo sua aparição final no condado em 29 de março de 1974, nos Jardins de Inverno em Penzance. O set list incluiu Keep Yourself Alive, Liar e Jailhouse Rock, que foi tocada duas vezes.
À medida que se tornaram mais famosas e bem-sucedidas, as irmãs de Truro Pat e Sue Johnstone mudaram-se para Londres e montaram o Fã Clube Internacional do Queen. O resto é história do Rock'n’Roll.

Fonte: Cornwalllive.com

(Lu)






QUEEN EXTRAVAGANZA: Devido ao grande sucesso, banda volta ao Brasil em setembro

Após o retumbante sucesso da primeira turnê no Brasil em Maio, The Queen Extravaganza, única banda oficial de tributo ao Queen, produzida pelo icônico baterista Roger Taylor e pelo lendário guitarrista Brian May – companheiros e integrantes originais do Queen – retornam ao Brasil em Setembro.

“O Queen Extravaganza é um show especialmente projetado para permitir que novos fãs, junto com fãs do passado, celebrem a música de Queen em um evento de tirar o fôlego”. diz Taylor. “É muito espetacular, é muito visual, haverão alguns momentos impactantes e algumas surpresas tremendas. Será uma celebração do rock na tradição Real.”

A Banda se apresentará no dia 12 de Setembro em São Paulo no Credicard Hall, dia 13 de Setembro em Belo Horizonte no Km de Vantagens Hall, dia 14 de Setembro no Rio de Janeiro no Vivo Rio, dia 15 de Setembro em Vitória no Espaço Patrick Ribeiro e dia 17 de Setembro em Brasilia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Além da produção de Taylor e May, o show conta também com mais uma ajuda de peso, o tecladista de longa data do Queen Spike Edney, que faz a direção musical apesar de não estar em turnê com a banda. O show foi projetado pela equipe criativa do Queen, Ric Lipson da Stufish e pelo designer de iluminaçãoRob Sinclair.

O show de 90 minutos apresenta mais de 20 clássicos do Queen inspirados nos maiores sucessos da banda: “Bohemian Rhapsody,” “Another One Bites the Dust,” “Crazy Little Thing Called Love,” “Under Pressure,” “We Will Rock You/We Are the Champions,” “A Kind of Magic,” “Radio Ga Ga,” “Somebody to Love,” e “Killer Queen” assim como outros favoritos dos fãs.

Brian May diz: Fãs do Queen! Esta pode ser sua única chance de ver TODOS os grandes

sucessos de Queen executados de forma imaculada – LIVE !!”

A banda é formada por músicos, escolhidos a dedo pelos próprios Roger & Brian. “Esses caras são incrivelmente talentosos, com sua recriação perfeita e cintilante de nossas músicas” diz Roger Taylor

Vocais: Alirio Netto

Alírio Netto se juntou ao Queen Extravaganza em 2018. No estúdio ou no palco, sua voz potente impressionou Roger e Brian quando ele atuou como Galilleo na produção brasileira do musical We Will Rock You em 2016.

Em seu currículo, Alírio acumula prêmios como por seu papel como Judas no musical Jesus Cristo Superstar, assim como inúmeros elogios do público e da crítica, como vocalista.

“Alírio não é só um cantor superlativo, mas é um grande showman que apresenta as nossas músicas com tremendo talento” diz Roger Taylor

Teclados e Diretor Musical: Darren Reeves (UK)

Darren é tecladista do Queen Extravaganza desde 2015 e foi tecladista da versão londrina do espetáculo We Will Rock You.

Baixo: François-Olivier Doyon (Canada)

François está no Queen Extravaganza desde as primeiras audições em 2011, quando superou centenas de candidatos.

Baterista: Marco Briatore (Italy)

Marco sempre chamou a atenção ao tocar bateria com a banda “Eletric Pyramid” que abriu os shows do Queen Extravaganza na turnê inglesa, além de ser um bem-sucedido músico de estúdio, tocando e cantando em inúmeros projetos. Estamos felizes de dar as boas vindas ao Marco nesta primeira turnê com o Queen Extravaganza.

Guitarrista: Nick Radcliffe (UK)

Nick se juntou ao Queen Extravaganza em 2015 quando fez também parte do We will Rock You em Londres, além de ter trabalhado com vários artistas como Tony Hadley, The Official Motown Musical & Nik Kershaw.

12 de Setembro de 2019
São Paulo
Credicard Hall
Horário: 21:30horas
Vendas: www.ticketsforfun.com.br
Ingressos de R$ 60,00  a R$ 380,00
Pré-venda Clube Shows : Dia 26 de Junho as 10:00horas
Venda Geral: Dia 29 de Junho as 10:00horas
Informações: www.poladian.com.br

13 de Setembro de 2019
Belo Horizonte
Km de Vantagens Hall
Horário: 21:30horas
Vendas: www.ticketsforfun.com.br
Ingressos de R$ 90,00  a R$ 320,00
Pré-venda Clube Shows : Dia 26 de Junho as 10:00horas
Venda Geral: Dia 28 de Junho as 10:00horas
Informações: www.poladian.com.br

14 de Setembro de 2019
Rio de Janeiro
Vivo Rio
Horário: 21:00horas
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Ingressos de R$ 100,00  a R$ 350,00
Pré-venda Clube Shows : Dia 26 de Junho as 10:00horas
Venda Geral: Dia 28 de Junho as 10:00horas
Informações: www.poladian.com.br

15 de Setembro de 2019
Vitória
Espaço Patrick Ribeiro
Horário: 20:00horas
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Ingressos de R$ 120,00  a R$ 280,00
Pré-venda Clube Shows : Dia 27 de Junho as 10:00horas
Venda Geral: Dia 28 de Junho as 10:00horas Informações: www.poladian.com.br
Informações: www.poladian.com.br

17 de Setembro de 2019
Brasilia
Centro de Congresso Ulysses Guimarães
Horário: 21:00horas
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Ingressos de R$ 150,00  a R$ 540,00 – Ingresso Solidário em todos os setores
Pré-venda Clube Shows : Dia 26 de Junho as 10:00horas
Venda Geral: Dia 28 de Junho as 10:00horas
Informações: www.poladian.com.br

Fonte: Onstage

QUEEN: Reinhold Mack, o homem que reinventou o Queen.

Por ocasião do aniversário de 20 anos do álbum ‘The Game’, o engenheiro de som e produtor musical alemão
Reinhold Mack deu uma entrevista muito interessante, falando sobre seu trabalho com o Queen neste álbum e destacando as características de cada integrante trabalhando em estúdio.

Entrevistador: Tem sido dito que você é responsável pela mais bem sucedida era do Queen, entre 1980 e 1988, na qual eles viajaram pelo mundo em grandes turnês. Até onde vai essa sua responsabilidade?
- Bem, é verdade que nos álbuns em que trabalhamos juntos obtivemos um som especial, totalmente novo, que se converteu na nova marca Queen, como “Bohemian Rhapsody” tinha sido anos antes. Mas foi um trabalho em equipe, a responsabilidade não era minha. Eles tinham em mente as ideias para um novo som, mas precisavam de um engenheiro que pudesse ajudá-los a dar vida e expressão a ele.

Seu encontro foi então algo providencial?
- Foi sorte. Para todos nós. Na verdade, foi graças a Jim Beach, o empresário da banda. Eu não acredito em destino, pelo menos como uma força inevitável que nos leva a uma direção fixa. Eu prefiro acreditar em destino oportuno.

O que o Queen transmitiu a você quando tiveram seu primeiro contato sério, enquanto eles preparavam 'The Game'?
- Mais do que transmitir algo, foi uma sensação generalizada que existia entre eles. Em 1979, a banda havia atingido um certo estado de exaustão; eles começaram sua carreira com dois excelentes álbuns que tinham um som peculiar, uma produção impressionante para as relativamente poucas ferramentas que tinham. Eram álbuns complexos e eles entenderam que, se quisessem uma autêntica expansão de seu público, deveriam ter um momento da virada em seu próximo trabalho, que era o "Sheer Heart Attack". Este álbum marcou o clima dos próximos, que seguiriam uma linha comum, misturando músicas mais pesadas com outras completamente originais e em novos estilos. 'Opera', 'Races' e 'News of the World' seguiram esse padrão que lhes deu tanto sucesso, mas parecia totalmente exaurido com 'Jazz'. John Deacon me disse que, se tivessem seguido a mesma linha, a banda não teria mais o interesse do público. Os álbuns que eu nomeei são fabulosos, um autêntico sopro de ar fresco na música daquela época. Mas com 'Jazz' o modelo era muito clichê. Eles deixaram isso claro, e esse foi o ponto inicial do meu trabalho.

Em que ponto já estava desenvolvido o álbum quando a colaboração entre vocês começou?
- Para o novo álbum, que seria lançado em 1980, eles já haviam delineado as músicas, e os locais para gravação e mixagem já tinham sido escolhidos. A sorte os trouxe para Munique, para o Musicland, onde eu poderia trabalhar com eles. Os rapazes sabiam que precisavam de um novo som, algo diferente dos discos anteriores. E ao mesmo tempo eles temiam que as pessoas parassem de reconhecer o Queen, já que o som de seus álbuns dos anos 70, com as famosas harmonias, era emblemáticas. Eles queriam algo novo, mas não sabiam o quê.

E como eles expressaram isso?
- Freddie era o mais reticente, já que as músicas que ele escreveu para 'The Game' poderiam ter se encaixado perfeitamente em um álbum da década anterior. Brian May pensava que o disco deveria prender o público, com canções mais identificáveis – consequentemente mais melódicas. John tinha ideias um pouco mais claras e defendia um som mais seco, mais audível, uma produção mais simples e com uma adaptação aos novos ares musicais que sopravam na época, e que apontava para o que é conhecido hoje como Pop. Roger Taylor foi talvez quem colocou mais entusiasmo na busca de um novo som; eu trabalhei muito mais com ele do que com os outros membros da banda, porque Roger precisava da minha ajuda.

Em que sentido?
- Roger não estava satisfeito com seu trabalho como compositor. Eu acho que ele finalmente encontrou um novo estilo, diferente de suas músicas anteriores, mas ele não sabia como aperfeiçoá-lo. Eu lembro que Roger escreveu três músicas para 'The Game', e as três causaram polêmica na banda: havia uma música chamada “Coming Soon” que Roger, no começo, pensou que deveria ser promovida no single, deixando seu lugar no álbum para outra dele, “A Human Body”. Mas Brian e Freddie contestaram dizendo que se fosse incluída no álbum este ficaria muito melódico, já que eles já haviam escrito três músicas com batidas mais suaves para ele. Finalmente, eles convenceram Roger, que se sentia especialmente orgulhoso de “A Human Body“, e optaram por “Coming Soon”. Essa música é um bom exemplo do som que fizemos para este álbum e, em geral, para os próximos, até 'A Kind Of Magic'. Mas talvez isso seja melhor ilustrado pela terceira música de Roger: “Rock It”. Havia problemas com essa também: Roger tinha definido que iria cantar, mas Brian e eu sugerimos que talvez Fred soasse melhor. Duas versões foram gravadas, uma com Roger e outra com Freddie. John gostou mais de Roger, mas Brian preferia Freddie, então um acordo foi feito: a versão de Roger, com a introdução feita por Freddie. Isso foi razoável, Brian já tinha uma música para cantar no álbum, e era justo que Roger tivesse a mesma chance, uma vez que “A Human Body” ficou de fora. O Queen trabalhava dessa maneira, havia um grande entendimento entre eles.
Finalmente, a música foi gravada, embora tivemos que trabalhar muito na produção: Roger tem uma voz muito particular, “quebrada”, que torna suas frases musicais muito curtas, o oposto de Freddie, que conseguia deixá-las mais longas. Para evitar que as frases ficassem muito curtas, cada vez que Roger terminava um verso, eu adicionava alguns efeitos de sintetizador para que não houvesse tanto espaço antes do próximo. Isso deu à música um novo som, no qual trabalhamos muito nos próximos álbuns, e especialmente nas faixas de Roger.

O Queen era uma banda extraordinária e prolífica, porque tinha a vantagem de seus quatro membros serem compositores. Como era cada um deles na hora da criação?
- Freddie era algo impressionante escrevendo. Ele sempre começava por uma ideia geral da música, ele primeiro se propunha a fazer algo em um sentido global, por exemplo "Eu estou fazendo uma canção de amor, muito harmônica". E a partir dessa ideia seminal ele aperfeiçoava, adicionava e tirava coisas. Foi assim que ele disse que escreveu “Bohemian Rhapsody” e aquelas músicas fantásticas que ele fez para os dois primeiros álbuns da banda. Mas ele sempre era claro sobre o que estava fazendo e para onde estava indo.

- Brian May é um músico tremendamente meticuloso, lembro-me que ele compunha as músicas como um arquiteto, quer dizer, andar por andar, começando pelas fundações. Ele meio que conhecia os níveis que o edifício deveria ter, mas não sabia quantas janelas ele ia colocar, ou quão grande seria o sótão. Além disso, ele é muito rigoroso e exigente consigo mesmo.
- John entretanto era um enigma. Quando Brian escrevia, nós sabíamos porque ele ia de um lado para o outro com um caderno na mão e cantando os refrões ou nos contando suas ideias. Quando John Deacon escrevia, sabíamos porque ele mal falava. Ele ficava quieto por um longo tempo, sentado em uma cadeira e bebendo chá e refrigerante. Lembro que uma vez Roger chegou brincando na sala de estar que tínhamos no estúdio. Havia um silêncio absoluto até Roger entrar gritando “O que foi? De quem é o funeral?”, e Freddie sussurrou para ele “Shhhhh, John está compondo”. Eu acho que foi Fred quem lhe deu o apelido de avestruz. Porque John era como um pássaro, que fica quieto até finalmente colocar um ovo perfeito. John era assim, ele entregava os papéis para os outros com as músicas completamente acabadas, embora no final todos adicionassem algo para melhorar a música.

E Roger?
- Roger era como o pólo oposto do Freddie. Como compositor, ele era muito intuitivo. Ele partia quase sempre de uma ideia isolada, como uma melodia ou um refrão, ou simplesmente um suporte harmônico. Se soasse legal, seria o começo de uma boa música. Nesse sentido, Roger é quem mais dependia da inspiração. Felizmente, ele quase sempre estava inspirado e escreveu canções realmente maravilhosas. Ele é um grande músico, uma pessoa que dá seu corpo e alma à música. E é incrível como o entusiasmo dele permaneceu intacto por todos esses anos. Neste álbum ele realmente deu o seu melhor.

No entanto, 'The Game' é o último álbum no qual Roger Taylor e Brian May cantam suas músicas.
- Até 'Hot Space' era o habitual. Eu acho que eles queriam mostrar que eles não só eram capazes de escrever e tocar, mas também de apresentar suas próprias músicas. Também me parece que as músicas que Brian e Roger cantaram nos álbuns poderiam ser cantadas somente por eles, como se tivessem sido escritas para suas respectivas vozes. Eu não posso imaginar Freddie cantando “I'm In Love With My Car”, ou “Sail Away, Sweet Sister”, uma canção preciosa que Brian escreveu para 'The Game', mas que no entanto não foi incluída no setlist dos shows. Agora parece que Brian a resgatou para suas apresentações solo, e é uma maravilha de se ouvir.

‘The Game’ foi um grande sucesso comercial do Queen, em torno do qual foram feitos importantes shows que fizeram a banda triunfar nos palcos americanos. Além da parte comercial, você e a banda ficaram musicalmente satisfeitos?
- O resultado global do 'The Game' foi muito satisfatório. John ficou encantado com o resultado final do álbum, e Brian reconheceu que desde 1976, quando eles mixaram 'A Day at The Races', eles não fizeram nada tão bom assim. Freddie foi o único com mais dúvidas. Ele não estava insatisfeito; na verdade, por muito tempo, ele considerou que “Crazy Little Thing” era uma de suas três ou quatro melhores canções; mas ele teve que fazer grandes esforços para se adaptar ao novo som que estávamos procurando. Anos depois, lembro que ele estava trabalhando em uma música para o 'The Miracle', um álbum do qual eu não participei, chamada Stealin', e ele me garantiu que, sete anos depois do' The Game', sua maneira de escrever e arranjar as faixas se deviam muito às coisas que fizemos em Munique. Eu me sinto orgulhoso desse trabalho, foi um total de cinco álbuns que fizemos juntos, e todos eles tem uma dívida com 'The Game'. Eu não posso esconder que é o meu álbum favorito dos que fiz com o Queen, na que foi a melhor época deles. Dele também são algumas canções emblemáticas que desde então nunca estiveram de fora de nenhum de seus shows, como “Another One Bites The Dust” e “Crazy Little Thing Called Love”.

Você tem planos de trabalhar novamente com o Queen?
- Não, nada para este momento. Com Brian eu já trabalhei fora do Queen, mas não temos nada programado agora. Brian e Roger continuam lutando para que o legado do Queen continue; eles decidiram isso, e são eles que tem que fazer esse trabalho. Eu já fiz o meu por alguns anos inesquecíveis, mas isso é o passado. De qualquer forma, eles são amigos próximos e sempre estarei preparado para trabalharmos juntos novamente.

Fonte: (Musikalische Themen Von Heute 2000/ Deaky.net)

(Lu)

QUEEN: Freddie Mercury era um ótimo guitarrista e compôs clássico do Queen, conta Brian May

Brian May, guitarrista do Queen, conversou com o GW nesta quinta, 13, e revelou que Freddie Mercury, o frontman da banda, era um ótimo guitarrista além de exímio cantor. “Ele era muito bom na guitarra, bem inortodoxo - tocava diferente”, relembrou.

May também revelou que Mercury compôs alguns riffs e faixas do Queen. “Ele escreveu a parte da guitarra de ‘Ogre Battle’ [de Queen II, 1974]. Eu constumava tocar [guitarra] em up e downstroke, mas Freddie era só downstroke. Imagina o quão rápido sua mão mexia! Ele tinha um ritmo frenético na guitarra que combinava bem com aquela música. Ele criou o ritmo de ‘Crazy Little Thing Called Love.’ Eu queria soar tão bem quanto Freddie soa naquela música, ele era ótimo.”

Depois de alguns anos no Queen, Freddie começou a focar na “pose” de vocalista - sem instrumentos, só o microfone e a energia no palco. “Ele deixou a guitarra e se concentrou mais no piano”, relembrou May. “Depois, ele também deixou o piano. Ele queria ser só um músico que corre por aí com a liberdade de ser frontman.”


O músico também comentou como ele e seus colegas do Queen - especialmente Freddie - ajudaram a formar a imagem que várias pessoas têm hoje de uma postura de banda de rock - movimentos e gracejos. “Não sei da onde veio. Tivemos nossas influências, mas não éramos coreografados. Fazíamos instintivamente, mas tínhamos consciência da energia que pulsava no palco.”

Fonte: Rolling Stone

UNDER PRESSURE: Foo Fighters e Luke Spiller em performance incrível

No ultimo domingo (19) o Foo Fighters foi uma das principais atrações do festival Sonic Temple em Columbus, Ohio.

Por lá, os caras tocaram 17 músicas com direito à já tradicional cover de “Under Pressure”, do Queen com David Bowie, que aparece em praticamente todos os seus shows.

Na versão, o baterista Taylor Hawkins assume os vocais enquanto Dave Grohl assume as baquetas, e na ocasião eles ainda contaram com a participação especial de Luke Spiller, vocalista da banda britânica The Struts, que fez as vozes de Freddie Mercury como poucos no mundo o fazem.

Confira a performance no vídeo do link abaixo:

https://youtu.be/oSAQxCJlzTY

Fonte: Tenho mais discos que amigos.

BRIAN MAY: Guitarrista sugere novo Live Aid para combater mudanças climáticas.

Brian May, guitarrista do Queen,  espera a produção em breve de um gigantesco concerto como o Live Aid, de 1985, para alertar as autoridades mundiais sobre os perigos das mudanças climáticas. Numa entrevista para o Daily Mirror, o músico relembrou o empenho da classe artística para realizar  os shows simultâneo nas cidades de Londres, na Inglaterra, e Filadélfia, nos Estados Unidos.

Ao dizer para o jornal inglês que o evento, idealizado por Bob Geldof e Midge Ure com o objetivo de arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia foi o maior de sua vida, May reconheceu que outro programa nos moldes do Live Aid seria ideal para combater a inércia dos governantes dos principais países contra o aquecimento global.

“Provavelmente seria necessário que a geração mais nova enfrentasse essa situação com coragem”, disse May, acrescentando que os músicos de sua geração deverão ajudar no que for possível.

No entanto, o guitarrista do Queen acredita que um show nos moldes do icônico concerto dos anos 80 deve ser mais difícil de ser produzido atualmente. “As pessoas assistiram a muitos shows desde que o Live Aid surgiu com o objetivo de resolver os problemas do mundo, então não é tão fácil quanto parece”, admitiu.

Fonte: 89! A radio Rock.

WILLIAM NELSEN: Colegio interno que Freddie estudou na Índia.

Na coluna Sabatina Musical vamos falar do tempo que Freddie Mercury passou sua adolescência no Colegio St. Peter na Índia.
Freddie começou a estudar na escola de St. Peter aos 8 anos, de acordo com os arquivos escolares; ele estudou de 14 de fevereiro de 1955 a 15 de fevereiro de 1963.
Foi no colégio St. Peter que os colegas começaram a chama-lo de Freddie, um nome adotado também pela Família..
Seu colega, Subash Shah, agora um professor de ciência política, lembra dele como um introvertido e solitário. Mas que se transformava quando começava a cantar e a imitar os movimentos de Elvis Presley ou Little Richard no dormitório, "nascia uma estrela".
Esta dupla identidade continuaria a ser uma característica ao longo de sua vida: um homem que foi provavelmente o frontman mais extravagante da história do rock, na vida cotidiana era terrivelmente tímido e desajeitado.
Os colegas de classe deram a Freddie o apelido de "Bucky" [Coelho], por causa de seus dentes de coelho. O apelido cruel deve tê-lo machucado, mas, no entanto, recusou-se a usar aparelhos, provavelmente porque alguém lhe disse que a correção dos dentes roubaria sua rara voz que alcançava a escala de 4 oitavos.
O diretor do Colégio de St Peter tinha notado o talento musical de Freddie e escreveu para seus pais sugerindo, se eles poderiam pagar um pouco mais nas mensalidades da escola de Freddie para permitir-lhe estudar música corretamente. Eles concordaram, e Freddie começou a aprender a tocar piano. Ele também se tornou membro do coro da escola e participou regularmente em produções teatrais da escola. Ele amava suas aulas de piano e se aplicava a elas com determinação e habilidade, finalmente alcançando o Grau IV tanto na prática quanto na teoria.
A música era sua paixão, mesmo em uma idade tão precoce e era seu orgulho e alegria disse Mrs. Smith, uma professora de música. Ela viu o seu talento natural e tentou conduzi-lo até a música clássica, mas ele só queria tocar rock 'n roll.
Sua primeira banda, The Hectics, foi fundada pelo colega de classe de 12 anos de idade, Bruce Murray. "A única coisa que eu realmente queria era impressionar as meninas da escola feminina vizinha", diz Murray. "Nós cantávamos sucessos como Tutti Frutti, Yakkety Yak e Whole Lotta Lovin '.
Freddie era um grande músico. Ele podia cantar qualquer coisa. Além disso, ele tinha tanto talento que ele era capaz de tocar uma música de primeira só de ouvido tocando no rádio. O resto de nós estava sem esperança, com guitarras baratas, tambor e uma caixa velha que convertido para em um baixo com apenas uma corda. No entanto, a equipe cumpriu o seu objetivo: "as meninas realmente nos amavam".
Uma dessas fãs ardorosas era uma adolescente bonita Gita Choksi, que era segundo seus colegas de classe, foi o primeiro amor de Freddie. Hoje Gita cuida do Hotel Restaurante da Familia em Panchgani.
Ele era um aluno médio, mas um artista talentoso e um bom atleta. Por exemplo, não era um grande boxeador, mas ele era muito focado no ringue. Os colegas de classe lembram de um dia numa luta ele foi golpeado, mas quando o juiz quis finalizar a luta, Freddie insistiu em continuar, todo machucado e sangrando. (Ao mesmo tempo, eles recordam o seu surpreendente hábito de na conversar com outros rapazes e chamá-los de "Darling" - outro hábito que manteve para o resto da vida).
Em 1962. Freddie deixou a escola St. Peter, após os exames do 10º ano. Por um momento ele continuou seus estudos na escola de St. Mary, em Bombaim, conhecida por sua rígida disciplina (onde ele foi contemporâneo de Azim Premji [Dono da multinacional de Geladeiras Whirpool no Brasil Brastemp], embora quando perguntado o presidente da Whirprool disse não se lembrar de Freddie.
Dois anos mais tarde (12 de janeiro 1964), sua família emigrou para o Reino Unido e Freddie criou uma nova vida para ele, quando conheceu a Londres efervescente dos anos 60.
Ele perdeu o contato com seus colegas de classe e finalmente mudou de nome. Como resultado, muitos deles, incluindo o Dr. Subash Shah, não percebeu que o grande astro do rock, Freddie Mercury, era na verdade o seu velho amigo de Panchgani, Freddie Bulsara. O Dr. Shah recorda, por exemplo, uma noite em uma praia em Zanzibar (onde seus pais viveram). Um músico local estava tocando e Freddie começou espontaneamente a dançar o "Twist", a dança popular na época. A próxima coisa que eles conheceram foi um grupo de meninas locais, usando burcas, tinha formado um círculo em torno de Freddie e começou a torcer com ele. "Esse foi o poder de seu showman", lembra o Dr. Shah
Na verdade nenhum amigo dos tempos de escola, previa que Freddie se tornaria rico e famoso, deixando uma fortuna, calculada em 20 milhões de libras? Francamente, não. "Se eu soubesse disso", disse um dos rapazes, com um sorriso irônico, "eu provavelmente estaria casado com ele.".
O que aconteceu com os outros membros da Hectics? Bem, cada um deles escolheu uma carreira completamente diferente: Victory Rana, o baterista, era um general no exército do Nepal e da ONU que levou as forças de paz em Chipre.
Farang Irani, baixista, entrou para os negócios da família no ramos de restaurantes e atualmente é proprietário do the Bounty Sizzlers um restaurante em Pune.
Derrick Branche emigrou para a Inglaterra e se tornou um ator com pequenos papéis como em "Minha Bela Lavandaria"(1985), O Siciliano(1987) e algumas pontas nos seriados Britânicos.
Bruce Murray, guitarrista, também emigrou para a Inglaterra, onde ele "trabalhou em muitos empregos sem muita perspectivas”, entretanto, montou uma banda Cover que tocava em Casamentos e Formaturas.
Era o único membro do Hectics que mantinha contato com Freddie até que as diferenças no estilo de vida os afastou. Hoje dirige uma loja de música em Bedford e foi o empresário da banda Quireboys que esteve nas paradas nos anos 90.
Quando Freddie morreu St. Peters tornou-se um lugar de peregrinação para os fãs de Freddie de todo o mundo, e você ainda pode fazer o "Freddie Mercury Tours para a Índia" - que incluem, entre outros, o almoço na escola com o seu colega, Farangi Iranim, uma fotografia do que sobrou do carbonizado de seu velho piano Moutrie, e até mesmo a oportunidade de comprar a jaqueta escolar marrom e amarelo que Freddie usava por US $ 40 e a foto de formatura de 1962.
William Nilsen é articulista desta coluna semanal e tem um Blog https://wnilsen.blogspot.com/




WILLIAM NILSEN: O testamento de Freddie Mercury.

Nesta coluna semanal Sabatina Musical falamos do Testamento de Freddie Mercury.
Uma semana antes de sua morte Freddie em 17 de setembro de 1991, recebe de Jim Beach a revisão final de seu testamento. Quando Freddie deixou de tomar os comprimidos de AZT, a única droga contra a Aids disponível na época, sabia que ficaria com pouco tempo de vida.
Ele havia cumprido sua promessa a banda a gravar e lançar os Álbuns prometidos no último contrato com a EMI e também Freddie deixou sua participação de 1/4 dos royalties de gravação nos últimos álbuns The Miracle e Innuendo para seus companheiros de banda, Roger Taylor, Brian May e John Deacon, uma vez que todas as músicas destes álbuns foram creditadas como Queen.
Para execução de sua última vontade ele nomeia o Empresário da Banda Jim Beach e contador de Freddie Sr. John Libson.
O valor total da herança de Freddie foi calculada em £ 8.649.940. Neste valor global que inclui seus imóveis (Garden Lodge, The Mews, o apartamento em NY e o conteúdo desses lugares) e o dinheiro que tinha nos bancos. A herança exclui investimentos em ações que Freddie tinha em empresas privadas, que são passados para a administração dos dois curadores que seriam responsáveis pela administração e repasse aos herdeiros.
A sua herança, liquida depois dos impostos que foi de 40% o imposto pago sobre a herança. A base líquida, incluindo royalties representados pelos ganhos de investimentos de capital para a companhia, foi dividido desta forma.
Para os próximos 50 anos a partir da morte de Freddie até uma data de 24/11/ 2041.
1. Mary Austin: 50% de seus bens e rendimentos futuros + uso da casa e propriedades relacionadas por um 'período de carência' de 50 anos a partir de sua data de morte.
2. Kash (irmã): 25% de seu patrimônio e renda futura.
3. Jer e Bomi (pais): 25% de seus bens e renda futura. Sua porção foi para Kash após a sua morte.
Ele deixou o seguinte para pessoas específicas:
- 500K isentas de impostos para Jim Hutton, (um pagamento fixo que Jim usou para comprar uma casa na Irlanda) além Phoebe e Joe Fanelli
- 100K isentos de impostos para Terry, seu motorista, que muitas vezes o levaram a consultas médicas nos últimos anos de sua vida.
No entanto, após o dia de vencimento, quando Mary não estiver mais viva, os últimos beneficiários são o Fundo de Pesquisa Imperial de Câncer e a Sociedade Nacional para Crianças Deficientes Mentais.
Mary tem mais 22 anos para usar do Garden Load. A casa não passará para seus filhos desde que está em "uso fruto" por 50 anos. As despesas de manutenção, impostos e tudo isso são cobertas.

Ele também tinha uma confiança estabelecida em que seus executores administrariam seus vários interesses de negócios, renda, vendas de propriedades existentes (condomínio de NY) etc. e distribuiria a renda aos beneficiários. Jim Beach gerencia isso.
O gerente de longa data do Queen, Jim Beach, foi nomeado por Freddie como executor de seu testamento. Beach não foi deixado nenhum dinheiro, mas foi dado o controle sobre os investimentos de Freddie, controle sobre o legado e música em termos das canções que Freddie escreveu. Isso basicamente significa que Jim Beach “fica de fora” para Freddie quando os membros da banda são obrigados a tomar decisões de negócios hoje.
Jim Beach recebe honorários advocatícios pagos por Mary e Kash.
Além dos bens Freddie deixou explicito que seria cremado e Mary deveria depositar as cinzas em um lugar que ele a instruiu. Mary também ficou responsável pelos gatos da casa e Kash ficou com um dos Carros de Freddie. O Rolls-Royce Silver Shadow cinza de 1974 foi comprado em 1979 pela empresa do cantor, Goose Productions. Foi arrematado por 74.600 libras (89.700 euros) por um empresário russo durante um leilão da Casa Coys.

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WILLIAM NILSEN: Irmã de Freddie coloca imóvel a venda.

Na coluna Sabatina Musical falamos sobre o apartamento em Londres que a Irmã de Freddie, Kashmira Bulsara colocou a venda este mês por 4,75 milhões de libras (6,24 milhões de dólares). O Hyde Park Gardens é um Edificio monumental de grandes casas de fachada em W2, datando de 1836, projetado pelo arquiteto John Crake. A fachada principal do edifício fica ao sul, de frente para os jardins paisagísticos e com vista para o Hyde Park e o horizonte de Londres.
O Queen tocou ao vivo no Hyde Park no dia 18 de setembro 1976, foi um concerto para comemorar o sucesso do álbum A Nigth at Opera e preparar para o lançamento do A Day at The Races.
Kash diz:“Freddie sempre classificou Londres como sua casa, apesar de ele ter propriedades em outras partes do mundo. . . Como meu irmão Freddie, comecei a amar Londres ”.“Embora seja na área central de Londres, é muito tranquila quando você entra no Hyde Park Gardens.”
Hyde Park Gardens é um dos endereços mais procurados em Londres, por causa de seus pontos de vista e sua sensação residencial. Com vistas da cúpula do Royal Albert Hall e do topo do Albert Memorial, o apartamento é um refúgio fantástico de jardins paisagísticos e vastos espaços de convivência.
Kash comprou o apartamento em 2005, lá ela morou com seu Marido Roger Cooke e seu filho Samuel. Com o Divorcio e o Filho indo morar sozinho, o lugar ficou muito grande para ela.
'Ficarei triste em deixar este apartamento enquanto desfruto do conforto, mas agora sinto que é hora de diminuir o ritmo e passar para um novo capítulo da minha vida.'
Com vista para o Hyde Park, esta impressionante propriedade está situada no coração de Londres. As características incluem uma cozinha moderna que nunca foi usada, já que Kash sempre fazia suas refeições fora, vigas de madeira no espaço no andar de cima, uma grande sala de jantar que é perfeita para receber amigos, quartos espaçosos , tetos altos e banheiros iluminados com muito espaço.
'Eu comprei [a propriedade] depois de ter sido reformada e fiz ajustes, para se adequar ao meu gosto pessoal. Por exemplo, as portas internas foram redesenhadas e as novas portas dianteiras e traseiras fixadas no próprio apartamento. Os "nichos" da sala de jantar foram redesenhados para dar uma aparência mais contemporânea ", explica Kashmira.
Existem três grandes quartos, duas salas de recepção, três banheiros, belos jardins comuns , uma sala de loft, além de seu próprio porteiro. Os interiores foram projetados pelo arquiteto John Crake e são incrivelmente modernos - perfeitos se você quiser se mudar imediatamente com o mínimo de trabalho.
Todos os quartos oferecem vistas deslumbrantes da cidade, desde o Hyde Park até marcos famosos. Luz brilha, iluminando o espaço e fornece raios de sol no auge do verão .
O Apartamento finamente Decorado também conta com uma icônica imagem em preto-e-branco de Freddie Mercury pendurada na sala de estar que sera deixada para o novo proprietário se assim o quiser.
Para obter informações sobre a propriedade, entre em contato com Berkshire Hathaway HomeServices Kay & Co em 0207 262 2030 ou visite www.kayandco.com.

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WILLIAM NILSEN: Morreu o maior gerente de turnês do mundo


Na Sabatina Musical desta semana falamos de Gerry Stickells falecido no último dia 06 de Março e foi o responsável pelo Gerenciamento das tours do Queen de 1976 a 1986.
O Sr. Stickells “provavelmente foi a única pessoa capaz de fazer Freddie mudar de ideia, ou convencê-lo do contrário, quando Freddie fazia o papel diva e não queria ser contrariado”, disse um ex-membro da tripulação do Queen. Era de Stickells a frase usada no filme Bohemian Rhapsody " E pensar que trabalhei com Hendrix", que ele usava quando as coisas se acalmavam nos camarins do Queen,
Gerry Stickells era um mecânico de automóveis no sudeste da Inglaterra que dirigia grupos de rock locais para seus compromissos em sua van quando, em 1966, ele conheceu Chas Chandler, o empresário de Jimi Hendrix. O Sr. Chandler fez uma oferta: se ele conseguisse liberar os equipamentos de Hendrix da alfândega no aeroporto de Heathrow, ele poderia se juntar a ele na estrada na Europa. Assim Sr. Stickells se juntou a Hendrix como roadie e depois o gerente da turnê, acompanhou Hendrix em Woodstock em 1969. Quando Hendrix morreu no ano seguinte em Londres, o sr. Stickells identificou seu corpo em um hospital e acompanhou-o a Seattle para o enterro. Com sua experiencia criou junto com outro produtor, Chris Lamb a GLS (Gerry Lamb Stickells) com isso eles criam um método para gerenciar grandes tours que lidou com todos os aspectos da turnê e produção de música ao vivo, incluindo equipe, viagens, caminhões, ingressos, iluminação e montagem de palco para músicos como Elton John, Queen, Rod Stewart, Fleetwood Mac, Michael Jackson, ABBA, Paul McCartney e Madonna, entre muitos outros. “Ele sabia como lidar com todas as situações.” Diz Chris Lamb.
Através do empresário de Elton John, John Reid, Mr. Stickells e Mr. Lamb encontraram outro cliente o Queen, nos anos 70. Eles ajudaram a cumprir as ambições do grupo pelos espetaculares espetáculos de palco pelos quais se tornou conhecido.
O Sr. Stickells também recebeu o crédito por ajudar a quebrar o fechado mercado de concertos de rock na América do Sul no início dos anos 80; O Queen provou ser um sucesso inicial na Argentina e no Brasil em 1981.
"Ele revolucionou a América do Sul para todas as pessoas em turnê nos anos 80", lembra o editor da revista PLSN , Nook Schoenfeld, que cruzou o caminho e se tornou amigo de Stickells em 1991, durante uma turnê com Paul Simon.
O sócio Chris Lamb, homenageado em 2015 pelo prêmio Parnelli Lifetime, concordou, ele observou: “Quando nós levamos Queen lá, isso foi uma coisa enorme porque abriu esses países para todos no negócio. Isso deu às pessoas muito mais trabalho, porque agora havia um lugar para as bandas se apresentarem no inverno. Todo o negócio lucrou com isso.
E como o próprio Stickells observou em 2007, a região não era um lugar para os fracos de coração. "O Brasil ainda estava em mãos militares", disse Stickells. “Era muito autoritário, e eles eram restritivos de quem eles deixavam tocar lá. Mas as pessoas estavam ficando um pouco inquietas e decidiram relaxar e fazer alguns shows para acalmá-las. É claro que teve o efeito oposto - acelerou o declínio do regime militar ”.
Suas habilidades organizacionais e diplomáticas foram particularmente úteis para lidar com regimes militares. Em 1985, ele e Lamb construíram a infra-estrutura para o primeiro festival Rock in Rio no Rio de Janeiro, onde a formação incluía Queen, James Taylor, AC / DC, George Benson, Yes, Ozzy Osbourne e Iron Maiden. cerca de 1,4 milhão de pessoas assistiram ao festival.
Stickells enfrentou a tragédia novamente com a doença e a morte do Freddie Mercury de Queen em 1991, e organizou o Freddie Mercury Tribute em 1992. Ele continuou trabalhando com grandes artistas nos anos 90 e início de 2000 incluindo Paul McCartney e estava em turnê com McCartney em Moscou quando Stickells sofreu uma pequena convulsão. Depois de voltar para os EUA, os médicos encontraram um tumor benigno alojado entre o tronco cerebral e a artéria carótida. Embora benigna, a localização do tumor era potencialmente fatal e os esforços para removê-lo não tiveram sucesso.
Roger Taylor, o baterista da banda, observou que o Sr. Stickells de “figura paterna, grande amigo e professor, e uma ilha de tranquilidade no meio do caos.”
Brian May, Guitarrista: DESCANSE EM PAZ. GERRY STICKELLS - (ex-gerente da turnê do Queen) - que desempenhou um papel importante na história do Queen.
Faleceu em 6 de março de 2019. Sinceras condolências à família e amigos de Gerry. "Vai com Deus/que Deus o acompanhe"

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WILLIAM NILSEN: Dia 21 de março fez 38 anos do ultimo show do Queen em São Paulo.

21/03/81 – 21hs: Emoção maior tomou conta do pessoal no show do sábado. Os quatro rapazes já cientes da ótima recepção do público foram mais espontâneos e abertos que no show do dia anterior. Tanto que eles atenderam a pedidos nossos feitos na sexta-feira: Mustapha e Rock it. A atuação do grupo no palco com toda sua espontaneidade estava algo excepcional, atingindo o público diretamente, fazendo desse o melhor e mais emocionante show de suas carreiras, segundo o próprio grupo.
No show de sábado: Overture, We Will Rock You, Let Me Entertain You, Get Down Make Love, Play The Game, Somebody To Love, Mustapha, MEDLEY: Death On Two Legs/.Killer Queen/.I'm In Love With My Car/Get Down, Make Love, Rock It (Prime Jive), Save Me, Now I'm Here/Dragon Attack/Now I'm Here, Love Of My Life, Do You Feel It's Allright/Keep Yourself Alive/Instrumental Inferno/Flash's Theme/The Hero, Crazy Little Thing Called Love, Bohemian Rhapsody, Tie Your Mother Down, Another One Bites The Dust, Sheer Heart Attack, We Will Rock You, We Are The Champions, God Save The Queen. N
o show do sábado praticamente eles tocaram as mesmas musicas da sexta incluindo: Mustapha/Killer Queen/Death on Two Legs/Rock it .

Depois dos shows, a nossa maior preocupação era de ter certeza de sua volta ao Brasil, certeza essa que Brian nos deu ao partir, domingo (22/03/1981) no aeroporto: “- NOS VOLTAREMOS MAIS RAPIDO DO QUE VOCÊS PENSAM!”.
Curiosidades na passagem pelo Brasil em 1981

 Entre as coisas marcantes que aconteceram no show do Queen no Brasil, o que se destacou foi o fato de Brian não conseguir conter suas emoções e chorar durante a “Love of My Life”. Além disso, no final do concerto do dia 20/03/81, Brian e Roger saíram do palco emocionados. Brian comentou a alguns repórteres: - Em Love of My Life, nós já esperávamos a repercussão que houve, mas Somebody to love e We are The Champions, foi simplesmente o Maximo.

 Em São Paulo o Queen se hospedou no Hotel Hilton. Eles ocuparam suítes simples, pois as suítes mais caras do Hilton estavam ocupadas. Em suas suítes havia um mini-bar contendo suas predileções, ou seja, coca-cola, chocolates, bebidas, etc. Jantaram duas vezes no restaurante panorâmico do hotel (em uma destas vezes Brian estava com nossa camiseta oficial) Eles seguiram o cardápio normal do Hotel, sem nada de extraordinário. – Eles são pessoas muito fáceis de se lidar, diz Regina, a Relações Públicas do Hilton.

 Descobriram o telefone do quarto do Roger e não o deixaram dormir, então o seu telefone foi bloqueado para ligações de fora do hotel. Os fones dos demais foram bloqueados por precaução.

 Freddie fez compras de antiguidades (como sempre faz em todo lugar que visita) em 2 lojas de São Paulo. Uma na Haddock Lobo e outra no bairro do Ibirapuera.

 Queen recebeu 2 discos de ouro no Brasil, pela excelente vendagem de seus discos mais recentes: The Game e a Trilha de Flash Gordon. A Entrega dos discos de Ouro foi feita no terraço do Hotel Hilton, no qual Roger estava com a camiseta do nosso Fan Club.

 Na Melody Maker Freddie falou da Tour pela América Latina:

MM - O Que você sentiu com a Turnê pela América Latina?

Freddie Mercury – Eu sinto como se fossemos pioneiros. Nos finalmente abrimos um novo território para todas as outras bandas seguirem. Eu estou feliz por termos conseguido fazê-lo. A coisa é que a maioria das bandas vai para lá, quando elas não têm mais para onde ir.

Nós quisemos ir enquanto estamos no alto. Nós vendemos muitos discos por lá, e eles conhecem nossas musicas. Mas eles não tinham nos visto num show ao vivo então houve uma grande surpresa.

William Nilsen é articulista e esteve nos Shows do Queen em 1981 no Morumbi

WILLIAM NILSEN: Queen no estádio do Morumbi em 1981

Há 38 anos o Queen fazia seu primeiro show em território Brasileiro. Eu era na época Presidente do Fan Club do Queen no Brasil. E o que posso contar é que São Paulo há dias estava em êxtase por esse momento, com o Queen sendo tocado nas rádios e toda a mídia em cima do qual seria um dos maiores shows concertos da década no Brasil,
Vou contar como foi a chegada do fan club com cerca de 200 pessoas vestidas de camiseta azul.
20/03/1981 – 14hs; Chegamos em caravana ao Morumbi vestindo a camiseta oficial do Fan Club. Instalamo-nos no portão 3 (gramado), onde já havia algumas pessoas. O ambiente era calmo e só se via gente chegando de todos os lados.
15:00 hs: Um barulho altíssimo de sirenes tomou conta da frente do estádio, mobilizando a todos que se encontravam nas proximidades. Era a uma “Garra” do DOPS seguida de 6 carros (LTD) com buzinas ligadas e em altíssima velocidade. Era a chegada dos campeões ao estádio para o "sound check " do concerto que seria mostrado à cerca de 150 mil pessoas 6 horas mais tarde. Os carros entraram dentro do estádio rápido demais para que pudéssemos tirar boas fotos. Vinte minutos mais tarde, na saída, já estavam mais lentos e graças à ajuda que nos prestaram seus motoristas, conseguimos vê-los muito bem. Roger Taylor até nos ofereceu Coca-Cola (de dentro do carro é claro).
17:00hs: Começa o desespero geral do pessoal, o ônibus da Companhia municipal de ônibus CMTC (que começaram a circular a partir da 15hs no sentido Centro –Morumbi, começam a chegar “enlatado” de gente, e a pressão para que os portões fossem abertos aumentava a cada minuto).
17:30hs: Ao 1° sinal que os portões seriam abertos logo, o pessoal não se conteve em esperar em calma e começaram os empurrões, apertos e desmaios...Nada Grave!
18:00hs: Estão abertos os portões para que o pessoal tomasse seus lugares para assistirem dali 3 horas o maior concerto de rock do mundo com o nosso “Queen”.
18:30hs: Uma vez que conseguimos chegar vivos ao gramado e de frente ao maior palco que nós já vimos em nossas vidas, lá estávamos sentados e inconformados. Não conseguíamos acreditar que tudo aquilo que estava acontecendo fosse verdade.
A noite estava nublada, assim que foi anunciado que o Queen entraria no palco, num passe de mágica o céu ficou limpo
21:00 hs: As luzes do estádio se apagam e isqueiros se acendem na platéia. As placas gigantescas que cobrem o teto de iluminação começam a tomar suas posições no alto do palco. Os degraus luminosos da bateria começam a se erguer. As luzes brancas e ofuscantes nos cegam por alguns segundos e simultaneamente há uma explosão e surgem os primeiros acordes da guitarra de Brian May.A bateria de Taylor causava tremores por todo o estádio. O baixo exótico de John começava a emitir seu som e Freddie entra com sua camisa do Superman e jaqueta preta, dizendo assim aos olhares mais astutos que tinha poderes também , mas um poder em especial, o de entreter todo seu público, Let me Entertain You foi o segundo tema tocado nesta noite que se inicia com a clássica We Will Rock You (fast Version)
Este é o início do 1° concerto do “Queen” no Brasil! e logo depois Freddie nos saudou em português.‘’HELLO SÃO PAULO!TUDO BEM?’’
Sentimos durante todo o show que eles estavam muito emocionados e surpresos, pois eles não esperavam ter tantos fans no Brasil, a ponto de cantarem todas as suas musicas.

Nesse 1° show eles estavam mais reservados e profissionais, pois ainda não conheciam a reação do público brasileiro.

As músicas tocadas foram: Overture, We Will Rock You, Let Me Entertain You, Play The Game, Somebody To Love, I'm In Love With My Car, Get Down,Make Love, Need Your Loving Tonight, Save Me, Now I'm Here/Dragon Attack/Now I'm Here, Fat Bottomed Girls, Love Of My Life, Do You Feel It's Allright/Keep Yourself Alive/Instrumental Inferno/Flash's Theme/The Hero, Crazy Little Thing Called Love, Bohemian Rhapsody, Tie Your Mother Down, Another One Bites The Dust, Sheer Heart Attack, We Will Rock You, We Are The Champions e God Save The Queen.
Damos maior destaque para "Love of My Life", onde o show foi nosso também, tanto que Freddie e Brian pararam para nos aplaudir. Foi simplesmente delirante!

William Nilsen é articulista e esteve nos 2 shows do Queen em 1981




WILLIAM NILSEN: Queen e Trident Studios.

Na sabatina musical desta semana vamos falar da relação do Queen com o Trident Studios.

No filme Bohemian Rhapsody o personagem Ray Forest é uma mistura de 3 executivos da indústria musical e um deles é Norman Sheffield. Em 2013, Sheffield lançou suas memórias pessoais no livro Life on Two Legs. Ele também detalha como Queen foi "descoberto" e gerenciado por ele mesmo e a Trident, e a preparação para Freddie Mercury escrevendo Death on Two Legs, que abre o álbum “Night of the Opera”, " (O "dedicado a ..." ele).
Que banda era o Queen, na visão de Sheffield?
O Queen e Sheffield tiveram uma relação tumultuosa cheia de reviravoltas, idas e vindas, provações e tribulações, escândalos e rumores que levou à uma separação amarga.

Eu estava sentado no meu escritório um dia, em 1971, quando recebi um telefonema do meu irmão Barry para descer ao estúdio. '“Norman, desce aqui e venha escutar algo”, disse ele.
John Anthony, A & R do Trident Studio, tinha descoberto uma banda chamada Smile.
John pediu sua demo. Era cru, mas definitivamente havia algo lá.
Eu tinha aberto Trident Estúdios, em 1968, no Soho.
Roger Taylor era um garoto muito bonito, com longos cabelos loiros e charme. Brian May era alto, com uma juba de cachos e um pouco introvertido, mas claramente muito inteligente. O baixista John Deacon, também era uma personalidade tranquila.
Eu poderia dizer imediatamente que o quarto membro ia ser o ponto de Atração.
Seu verdadeiro nome era Farokh Bulsara. Ele nasceu em Zanzibar e educado na Índia. A família havia imigrado para a Inglaterra quando ele era um adolescente. Ele tinha ido para a Ealing Art College para estudar arte e design gráfico. Ele também era um talentoso cantor e pianista.
Quando ele entrou na banda, ele imediatamente deu-se um mais rock 'n' roll a banda, seu nome artístico era Freddie Mercury.
Ele era encantador, agiu um pouco tímido e reservado, por vezes, e falou com uma voz bastante elegante, educado. Quando ele relaxou ele tinha um senso muito forte de humor e falava a cem quilômetros por hora.
Queen acabou por ser tão bom - e exigentes - como tínhamos previsto. As coisas tinham que ser cem por cento certo, caso contrário não estariam felizes.
Estavam certos em abandonar o nome Smile, mas Eu quase engasguei com meu café quando ouvi o seu novo nome.
O Nome da banda não estava em negociação. Eu concordei em oferecer ao Queen, como batizado deles, uma espécie de arranjo.
Houve momentos em que o estúdio estava vago, geralmente umas duas horas nas madrugadas.
Então nós dissemos: 'Vamos dar-lhe esse tempo de inatividade no estúdio para ver o que vocês podem fazer.
Eles acabaram por ser tão bom e exigente - como tínhamos previsto.
As coisas tinham que ser cem por cento certos, caso contrário não seriam felizes. Eles passavam dias e noites trabalhando nas harmonias.
Trabalhavam nos mínimos detalhes. Eles começam a gritar, e brigar e atirando coisas uns nos outros. Às vezes, eles pareciam que iam explodir em poucos minutos, mas em outras vezes eles entravam em harmonia rapidamente. Em outras vezes ficavam sem se falar por um ou dois dias. Mas eles sempre se entendiam. Pois para Eles não era pessoal, era sobre o trabalho.
"Nunca houve uma dúvida, querido, nunca", ele diria que com uma onda de imperiosa de sua mão.
O título de seu primeiro álbum era simplesmente QUEEN. Eles passaram dias discutindo sobre o encarte do álbum. A Capa havia uma única imagem de Freddie no palco, com dois refletores no fundo. Na contra capa uma colagem com fotografias dos membros da banda.
Freddie tinha dirigido a todos para distração da contra capa e se preocupar sobre se ele parecia bastante lindo na capa.
Até o final do ano, eles estavam na estrada abrindo os shows para o Mott the Hoople, mas o Queen estava tomando o lugar dos protagonistas ganhando mais aplausos do que os headliners.
Eles foram convidados a ir para a Austrália para um show, quando Brian de repente desenvolveu uma febre muito alta. O braço dele tinha inchado até o tamanho de uma bola de futebol e os médicos diagnosticaram gangrena.
Havia a possibilidade de amputar. Felizmente, a crise diminuiu e ele foi autorizado a voar.
Em sua primeira turnê pela América, a saúde de Brian estava se deteriorando. Nossos piores temores foram confirmados quando os médicos anunciaram que ele tinha hepatite.
O resto da turnê teve que ser cancelada.
Foi um desastre, profissionalmente e pessoalmente. Então, quando eles voltaram para Londres, em agosto, ele tinha que ter uma operação de emergência para uma úlcera.
Mas em 11 de outubro de 1974, EMI coloca no mercado o single Killer Queen, e seu terceiro álbum, Sheer Heart Attack.
Dentro de algumas semanas os meninos tinham chegado aonde eles mais queriam - primeiro lugar na Parada de sucesso No. 1 dos singles.
O Queen pegou a estrada novamente, desta vez como o artista principal, ficou claro que eles estavam à beira de ser um grande sucesso.
Quanto mais adulação Freddie recebeu no palco, mais ele se dedicou para trabalhar nos bastidores.
A turnê chegou ao fim no famoso Rainbow Theatre, em Londres.
Quanto mais bem-sucedido que se tornou, mais agitado o Queen estava quando o assunto era sobre dinheiro. Uma das discuções mais acalorados veio quando John se casou. Na preparação para o casamento, ele solicitou me a quantia de £ 10.000 (cerca de £ 90.000 em valores de 2013) para ele comprar uma casa. Eu não reagi muito bem, e neguei o adiantamento.
Então, Freddie exigiu um piano de cauda. Quando eu recusei, ele bateu com o punho na minha mesa. "Eu tenho que compor em um piano de cauda", disse ele.
Norman J Sheffield: No momento em que eu percebi que as coisas estavam muito mal já era tarde demais.
Eu não estava sendo cruel.
Sabíamos que havia uma enorme quantidade de dinheiro investido no caminho de sucesso do Queen.
Expliquei-lhe que parte do investimento já havia retornado, mas a grande e a maior parte do que tinha sido investido ainda não tinha chegado.
"Mas nós somos estrelas. Estamos vendendo milhões de discos”, disse Freddie.
E eu ainda estou vivendo no mesmo apartamento, que morei nos últimos três anos.
A quantidade de dinheiro que tinha investido na banda era enorme.
Tínhamos pagado a eles os equipamentos e salários logo no início e continuamos a derramar dinheiro para eles por quatro anos.
O fato de a banda devia a Trident perto de £ 200.000 (£ 1.750.000 hoje) não parecia sensibilizar Freddie.
Lembro-me da conversa:
“O dinheiro virá em dezembro, disse eu”. ”Então, espere”.
Então veio uma frase que ele faria famoso em todo o mundo nos próximos anos, embora ninguém tivesse sabido onde ela nasceu.
Freddie bateu os pés e levantou a sua voz: "Não, eu não estou preparado para esperar mais. Eu quero tudo. Eu quero isso agora.”.
No final de 1975 eu estava ouvindo que eles estavam fazendo todos os tipos de comentários depreciativos sobre a Trident. Então ouvi uma faixa de A Night At The Opera chamada Death On Two Legs. A abertura de duas linhas resumiu o que estava por vir:
"Você chupa meu sangue como uma sanguessuga / você quebra a lei e violação", então, “Você sente vontade de se suicidar”? ele continuou, "eu acho que você deve".
Era algum tipo de desagradável ódio de Freddie para comigo.
Logo Bohemian Rhapsody seguiu para o topo das paradas do Reino Unido e ficou lá durante nove semanas.
Um momento agridoce, ele veio com a notícia que estava começando a vazar: o fim do contrato entre a Trident e o Queen.
Nós deveríamos ter conversado mais.
E eu deveria ter sido mais atento aos seus sentimentos.
No momento em que eu percebi que as coisas estavam muito mal, já era tarde demais.
Em março de 1977 a empresa estabeleceu com a banda para a venda de todos os seus direitos futuros, os direitos aos antigos álbuns e da liquidação da dívida gestão.
O sonho de Freddie finalmente se tornou realidade e ele se tornou um homem muito rico. Quando ele morreu, ninguém estava mais triste do que eu.
Ele pode ter sido um monstro de lidar, mas ele também era um gênio.

Norman Sheffield (25 de setembro de 1939 - 20 de junho de 2014)
William Nilsené articulista e escreve todo sábado as 9:28(+ou-) nesta coluna e tem um Blog: https://wnilsen.blogspot.com/


WILLIAN NILSEN: Freddie Mercury, Mary Austin e a loja Biba

Na Sabatina Musical desta Semana, continuamos a falar de Freddie Mercury, Mary Austin e a Loja Biba.
Depois de fundar um lendário refúgio da Swinging London no final dos anos 60 - Barbara Hulanicki, Diretora e estilista de Biba lembra em seu livro “Seamless from Biba: A Life in Design”: - em 1973 abrimos um empreendimento muito maior, o “Big Biba”, em uma antiga loja de departamentos de sete andares, com o Rainbow Room para concertos - os New York Dolls foram os primeiros a tocar lá.
Estávamos preocupados que o som do local incomodasse os vizinhos, mas Freddie Mercury, do Queen, nos deu ótimos conselhos sobre como obter proteção acústica usando Plantas e Painéis nas saídas do Roof Gardens que abafavam o som de dentro para fora, para que a cidade não nos incomodasse quando tivéssemos festas.

Por esse trabalho Freddie Mercury, recebeu vale compras da Biba, e comprou vários itens de decoração, perfumes e também roupas incluindo uma camiseta azul que ele usou no dia do show do New York Doll e que depois foi fotografado por Brian durante a gravação de A Nigth at the opera na Fazenda Ridge. (Foto 1).

Apresentações da New York Dolls em 1973 anunciariam uma enorme mudança na cultura musical e na moda nos próximos anos, à medida que o movimento punk chegasse varrendo a década de 1970. Eles foram uma grande influência para muitas bandas britânicas e americanas punk, glam e metal durante os anos 80 também.

Neste show estavam David Bowie, Iggy Pop, Mick Jagger, Paul Mc McCartney, Ron Wood, Marc Bolan e a estrela em ascensão Freddie Mercury.

A decoração do restaurante foi feita pela Graphic Design Kasia Charlo que também era responsável pela revista da Biba e desenhou Mary Austin - Na capa está a bem conhecida foto da equipe de Biba (foto 2). Abaixo está um pequeno desenho de Mary Austin, que ficava no balcão de informações. Eu tive que fazer um desenho rápido dela, sem tempo para fotos, então eu corri para baixo para fazer um esboço rápido (foto 3). Eu não tinha ideia de quem ela era, então alguém a apontou para mim. Mary Austin era a namorada de Freddie Mercury que estava apenas começando com sua banda Queen e ele costumava passear com Mary e o público de Biba. Nós nos lembramos de vê-lo nos pubs locais, ele era um homem pequeno, mas eu sempre me lembro dele maior quando ele ficou famoso com o Queen. Claro que só anos depois nós fizemos a conexão sobre quem ele era.
"Depois deste show os garotos - Mick Jagger, David Bowie e Freddie Mercury - se tornaram visitantes regulares, nós colocamos sofás para que eles tivessem um lugar para sentar", relembrou Barbara Hulanicki.

Falando à revista THEGAYUK em 2015, Barbara revelou que nos primeiros tempos de sua empresa, “… atraiu alguns clientes muito especiais, incluindo Freddie Mercury, que adorou as maquiagens da marca." Barbara revela que o cantor icônico estava namorando sua promotora de loja, Mary Austin. Mary Austin ficou conhecida como a namorada de Freddie Mercury. Ela ficou com a maioria de seus bens quando ele morreu de doenças relacionadas à AIDS em 1991.
Bárbara explica que um dia ela encontrou Mary muito perturbada e chorando no banheiro e quando perguntei qual era o problema, ela me disse que Freddie havia confessado suas preocupações sobre sua sexualidade, Freddie não sabia se ele seria gay ou hetero." Tempos depois soube que Mary mudou-se de Holland Park, mas continuou a amizade com Freddie.

William Nilsen escreve todo sábado nesta coluna a e tem um blog: https://wnilsen.blogspot.com/