WILLIAM NILSEN: Estive no fã clube oficial em 1991

Em julho de 1991 estive em Londres e passei um tarde no QIFC. Jack Smith me recebeu muito bem. Mas uma coisa ficou no ar.

Enquanto estava lá, alguém telefonou para a Jack, que respondeu – "Ele passou muito mal na noite passada, vomitou, mas hoje ela deve passar lá na casa'.

Depois de desligar o fone, eu perguntei de Freddie Mercury, e ela me respondeu - "Ele esta bem, o Brian esta com a musica no comercial da Ford (Drive by You) e o Roger esta ensaiando com sua banda paralela (The Cross) e o John esta cuidando da família".

Sai do fan club com a impressão que os boatos sobre a saúde de Freddie eram verdadeiros. Há muito se falavam e escreviam nos tabloides ingleses que Freddie estava com AIDS.

Naquela época havia somente um remédio para o tratamento da AIDS o AZT, que provocava vários efeitos colaterais.

Infelizmente ali sabia que o cantor e compositor que admirei em toda minha adolescência estava com os dias contados. Resolvi aproveitar minha a Londres para conhecer todos os locais onde o Queen tinha estado, incluindo os bairros onde eles tinham morado, faculdades onde tinham estudado.

Novembro de 1991 foi um mês atípico para mim, no dia 11 enquanto minha cunhada dava a luz a uma linda menina, meu sogro morreria de um enfarto fulminante.

Dez dias depois no sábado dia 23/11/91 Freddie anunciava via assessoria de imprensa que tinha AIDS. No Domingo ao final da tarde já corriam noticias da Morte de Freddie Mercury. Na segunda dei algumas entrevistas a Rádios e Jornais, lembro-me de ter dito que cada membro do Queen éra 25% e sem Freddie Mercury, nunca seria 100% QUEEN. Depois assisti pela TV o funeral e o crematório de Freddie e meses depois em Abril de 1992 um Concerto em Homenagem a Freddie.

Mas o que aconteceu naqueles dias antes da Morte do Maior Vocalista da História do Rock, aquele que virou uma Lenda entre todos os músicos de sua Geração e das gerações que vieram a seguir?

Mercury queria que sua doença fosse mantida em segredo. Contou apenas aos amigos e as pessoas em que ele confiava: como a banda, sua família, seus assistentes pessoais e amigos. Ele queria protegê-los contra a pressão da mídia. Além disso, ele não queria que tivessem pena dele e deveria ser tratado normalmente. Todos próximos a Freddie negaram o fato de que ele tinha AIDS até 24 horas antes de sua morte, quando Mercury anunciou oficialmente.

No começo dos anos 80 Freddie, já desconfiava que pudesse estar doente quando seus amigos mais próximos começaram a fazer exames e descobrirem que eram soropositivos. Ele fez exames no final de 86, e foi saber dos resultados dos "exames de rotina" em 1987. Hutton (seu namorado na época) lembra que, no começo de abril de 1987, quando estava em visita à família na Irlanda, Freddie lhe disse ao telefone: "Os médicos acabaram de tirar um baita caroço de mim". Quando Hutton voltou para casa em Londres no dia seguinte, Mercury lhe disse que o resultado da biópsia mostraram que ele estava com AIDS.

Brian May: "Logo percebemos que Freddie estava doente, nós agrupamos em torno dele e criamos um escudo protetor. Nós estávamos mentindo para todos, até mesmo para nossas próprias famílias, porque não queríamos que o mundo intromete-se em sua luta. Ele costumava dizer, “Eu não quero que as pessoas que comprem o nosso f *** ing disco por pena”. Isso nos uniu e nos tornamos muito próximos. Nós crescemos muito.”.

Freddie decidiu se dedicar ao seu trabalho, não abandonou e se concentrou a fundo na música, que era sua vida. Aliás, quando soube que estava doente (1987) fez mais 3 Discos: The Miracle, Innuendo e Barcelona.

Ele se dedicava ao trabalho muito mais do que antes.
Sabia que tinha o tempo contado e queria fazer o máximo.

O Queen tinha um contrato em vigor com a EMI (Inglaterra)e tinha assinando um contrato com a Hollywood Records(USA), então Freddie Mercury não queria deixar nenhuma pendencia para os companheiros de Banda.

Dois dias antes de ele morrer, Jim Beach (o empresário da banda) foi a casa dele. “Freddie tinha parado de tomar seus remédios e tinha ficado cego; "ele realmente estava mal”. Mas a única coisa da qual quis falar foi sobre a música.”

Jim Beach ficaria com a gerencia sobre a Obra musical de Freddie e a responsável para representar Freddie e seus herdeiros sobre os 25% da QUEEN PRODUCTIONS LIMITED.

Embora o Queen, iria lançar mais três álbuns com Freddie Mercury (incluindo o póstumo Made in Heaven), A Kind of Magic (1986) viria a ser o último álbum da banda promovido com uma turnê, por causa do diagnóstico de Mercury com o HIV no ano seguinte, e sua eventual morte por AIDS em 1991.

The Miracle lançado em 1989. Foi gravado quando Brian May recuperava de problemas conjugais e Freddie Mercury tinha diagnóstico de AIDS. A gravação começou em janeiro de 1988 e durou 12 meses. Foi o primeiro álbum do Queen em que todas as canções foram creditadas como criação coletiva do Grupo. Isto mostrava que eles estavam muito unidos.

O álbum inicialmente ai ser chamado de “The Invisible Men, mas três semanas antes do lançamento, de acordo com Roger Taylor, eles decidiram mudar o nome para The Miracle”.

A impressionante arte da capa utilizada a Quantel Paintbox, então o estado da arte da tecnologia de manipulação de imagem, para combinar fotografias dos rostos familiares dos quatro integrantes da banda em um transformou imagem Gestalt, em linha com a sua decisão de dispensar créditos individuais e simplesmente presente sua música como produto da Queen, a Capa traseira foi um passo além, com um regimento perfeito de olhos das bandas.

No dia 23 de Novembro Freddie chamou os sacerdotes Zoroástricos, “ele sentiu que ai morrer naquele dia”.

Mary Austin confirma que naquele dia, ele disse: "Chegou a minha hora, eu vou sair...", Freddie deitou se sobre um lençol branco e com roupas brancas - e, dessa forma, fez a cerimonia do "Lavated" vestindo branco, que para zoroastristas quer dizer que se esta confortável a espera da morte.

Mary chegou à tarde do dia 23/11 com os Pais de Freddie e os Magos Zoroastras para a realização do ritual Pathos - o ritual da confissão Zoroastro, que deve ser realizada antes da morte. Os dois sacerdotes realizam todos os rituais Zoroastro associados à morte. Freddie morreu como um praticante da religião - chamando os sacerdotes, confessando e tomando o sacramento.

Depois Freddie Mercury fez um último pedido a mulher que ele descreveu como "o amor da sua vida". Que Mary Austin, e somente ela, devia recolher suas cinzas após sua cremação e eliminá-los em um local privado para nunca deveria ser divulgado.

“Eu fiz uma promessa no leito de morte que eu nunca iria revelar onde suas cinzas foram” Austin teria dito recentemente. "Eu sei onde elas estão, mas isso é tudo o que tenho a dizer sobre isso."

Por William Nilsen
Articulista Convidado

Matéria publicada no meu Blog em 2003

http://wnilsen.blogspot.com/…/24111991-freddie-mercury-deix…

#MercuryForever #QueenOnlineBrasil

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